A saúde pública brasileira passa por uma grave crise causada por doenças reemergentes. Atualmente uma das principais é a dengue, que possui um alto grau de disseminação devido ao sucesso adaptativo do mosquito Aedes aegypti às cidades. Além disso, este vetor também é capaz de transmitir outras doenças de igual importância social, como Zika, chikungunya e febre amarela. Devido à inexistência de uma vacina eficaz, uma das formas de controle é através da aplicação de inseticidas químicos e biológicos nos focos de proliferação do inseto. Entretanto, a proliferação de linhagens resistentes aos inseticidas utilizados e efeitos adversos desses contra organismos não alvos tem incentivado a procura por novos inseticidas e o desenvolvimento de medidas de proteção pessoal como pastilhas, aerossóis e loções repelentes, a fim de evitar o contato do vetor com a população.  

Com o intuito de promover proteção pessoal contra o mosquito Aedes aegypti, desenvolveu-se a presente invenção, com a produção de velas enriquecidas com ácidos graxos com atividade de repelência em aproximadamente 50% contra mosquitos, principalmente os Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika, chikungunya e da febre amarela. Cujas vantagens sobre as loções de uso tópico e as velas de atuação ambiente utilizadas, presentemente, são a baixa ou inexistente irritabilidade cutânea a humanos, persistente atividade repelente ao longo do tempo, biodegradabilidade e o baixo custo de desenvolvimento dos produtos.  

A produção desse material é realizada com a estearina adicionada a uma base de parafina em forma líquida (ambas obtidas por aquecimento 60-80 °C) com adição de pavio e resfriamento para solidificação, á mistura podem ser adicionados corantes comumente utilizados na fabricação de velas coloridas, ou seja, passa por um processo de fabricação semelhante às velas ordinárias.