A invenção consiste no uso da clorpromazina, um antipsicótico da família das fenotiazinas, impregnada em cateteres urinários de demora para o controle de biofilmes bacterianos que se formam sobre a superfície desses dispositivos médicos. Essa abordagem se torna útil para a área da saúde, podendo ser aplicada por indústrias de dispositivos médico-hospitalares.  

A clorpromazina reduz a formação e a manutenção de biofilmes microbianos, por meio da inibição de bombas de efluxo, as quais atuam na extrusão de moléculas auto-indutoras, responsáveis pelo sistema de comunicação microbiana que regula a densidade demográfica, expressão gênica, nutrição e dispersão dos biofilmes. A utilização da clorpromazina impregnada reduz a formação de biofilmes bacterianos sobre a superfície dos cateteres, bem como sensibiliza esses biofilmes a drogas antimicrobianas.  

A clorpromazina não apresenta citotoxicidade em concentrações menores ou igual a 2048 µg/mL e já é utilizada no tratamento de outras doenças humanas, sendo, portanto, segura para o uso proposto por essa invenção. Além disso, há perspectivas para ampliar a aplicação dessa invenção em outros dispositivos médico-hospitalares, como cateteres venosos centrais, também visando ao controle de biofilmes microbianos e de infecções subsequentes.  

Essa abordagem pode contribuir para a redução da prevalência das infecções urinárias associadas ao uso de cateteres, bem como para a redução dos custos com pacientes hospitalizados.