Os cogumelos cultivados fazem parte da cultura mais importante na agricultura chinesa, por isso a China é o maior produtor de cogumelos comestíveis do mundo. Esses cogumelos atraíram a atenção das indústrias biotecnológicas e atualmente são usados como suplementos alimentares e principalmente como materiais para o desenvolvimento de medicamentos. Além disso, diversas pesquisas demonstram que os cogumelos são excelentes componentes nutricionais em dietas, por serem fontes de riboflavina, ácido ascórbico, ergosterol, selênio, ferro, cobre, potássio, fósforo, precursores da vitamina D, fibra dietética, quitina, β-glucanas (principais constituintes da parede celular fúngica) dentre outros e possuem baixos teores de gorduras. Por ter uma boa compatibilidade e baixa toxicidade, os cogumelos têm mínimos efeitos colaterais atraindo, portanto, estudos na busca de novos compostos com atividades diversas para a área farmacológica, inclusive compostos com atividade gastroprotetora.  

O cogumelo Agaricus brasiliensis ou Agaricus blazei Murill (ABM), que é um basidiomiceto pertencente à ordem Agaricales e família Agaricaceae, é nativo do Brasil, mas tem sido produzido e comercializado nos mercados brasileiros e internacionais, sendo um dos mais importantes cogumelos medicinais comestíveis em todo o mundo. Esse cogumelo é amplamente consumido como alimento ou na forma de chá, suplementos alimentares, bem como aplicações nutracêuticas e cosméticas. Logo, o emprego do extrato do cogumelo Agaricus brasiliensis ou Agaricus blazei Murill abre possibilidades para formulação de comprimidos, cápsulas, soluções, suspensões e medicamentos fitoterápicos destinados ao tratamento de doenças que afetam o trato gastrintestinal, incluindo a úlcera gástrica.  

Por isso, essa invenção descreve o emprego do extrato do cogumelo Agaricus brasiliensis ou Agaricus blazei Murill como potencial agente terapêutico no tratamento da úlcera gástrica e doenças do sistema gastrintestinal. A inovação da presente invenção reside no fato de que o do cogumelo Agaricus brasiliensis ou Agaricus blazei Murill de acordo com o processo e composição descrita na presente invenção constitui uma nova ferramenta terapêutica, podendo ser utilizado na forma de pó, comprimido, cápsula, solução oral, xarope, suspensão e medicamento fitoterápico.