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Pré-tratamento De Efluentes Têxteis

Fonte: flickr

Benefícios

Maior resistência a solventes orgânicos e extremos de pH

Maior capacidade de descolorir corantes têxteis que a enzima livre

Possibilidade de reutilizar a enzima imobilizada em ciclos sucessivos mantendo a atividade

       Status: Vigente.

TRL 4/9

Maturidade 

Tecnológica

Validação da tecnologia em escala laboratorial.

 

A revolução industrial, que iniciou no final do século XVIII na Inglaterra, pode ser definida como um processo de transição entre uma economia baseada na agricultura para uma economia com base industrial. Várias mudanças tecnológicas, socioeconômicas e culturais sucederam esse processo, possibilitando o desenvolvimento dos setores de comunicação, de transportes, além do aumento dos investimentos em pesquisa. Nesse contexto, o setor têxtil tem se destacado por apresentar um significado importante nas dimensões social, cultural, econômica e política a ponto de ter forte influência nos costumes de uma sociedade.  

O Brasil se destaca no cenário mundial, com uma indústria têxtil consolidada há mais de 200 anos, sendo o quinto maior produtor têxtil do mundo. Do ponto de vista ambiental, no entanto, esse setor é responsável pela geração de problemas ambientais graves causados principalmente durante a remoção dos corantes da fibra têxtil.  

Os efluentes provenientes do tingimento de fibras têxteis podem interferir na absorção da luz pelos vegetais e animais do ambiente aquático, provocando modificações nas atividades fotossintetizantes da biota aquática visto que impedem a entrada de luz. Além disso, esses efluentes são ricos em corantes e outros compostos químicos, os quais podem ser carcinogênicos e assim, ocasionarem problemas ainda mais graves relacionados à saúde humana e animal.  

Os graves impactos ambientais gerados por esses compostos aliados às normas legislativas cada vez mais rigorosas quanto ao descarte de resíduos, têm estimulado o desenvolvimento de novas técnicas de degradação desses corantes sintéticos. Novos estudos para degradação de corantes têm demonstrado que o uso de microrganismos ou mesmo o uso direto de enzimas, as quais têm apresentado alta eficiência.  

Dentre os processos biotecnológicos mais empregados no tratamento de rejeitos têxteis destaca-se o emprego de enzimas visto que elas apresentam elevada propriedade catalítica mesmo em condições experimentais brandas. Esses biocatalisadores têm sido empregados de forma bem-sucedida na síntese de medicamentos, de compostos químicos da indústria farmacêutica, na indústria de alimentação devido a sua capacidade de catalisar reações em alta velocidade e com elevada especificidade, sendo, portanto, potenciais candidatas para uso também na área da biotecnologia ambiental como alternativa sustentável para o uso de compostos químicos.  

Dentre as enzimas utilizadas na indústria, podem-se citar enzimas lignolíticas como as lacases e peroxidases que têm demonstrado alta capacidade de descolorir corantes têxteis através da polimerização ou degradação desses corantes. As peroxidases são enzimas amplamente encontradas nos organismos e são enzimas que reduzem o peróxido de hidrogênio (H2O2) enquanto oxidam substratos fenólicos e não fenólicos capazes de degradar poluentes ambientais, como cresóis, fenóis, fenóis clorados e corantes têxteis.  

No entanto, as peroxidases, assim como outras enzimas, apresentam estabilidade e reuso limitados sendo necessários, portanto, grandes volumes de amostra livre. Na maioria dos casos uma alternativa viável para contornar esses problemas é a imobilização enzimática. A imobilização pode melhorar o desempenho enzimático em solventes orgânicos, a tolerância a diferentes faixas de pH, a seletividade e a estabilidade térmica e funcional devido ao aumento da rigidez e estabilidade estrutural decorrentes do processo de imobilização em um suporte.  

Visto isso, a presente invenção se refere ao processo de imobilização de uma peroxidase purificada a partir de raízes de Moringa oleifera.  

Pessoas Inventoras

Daniele De Oliveira Bezerra De Sousa

Larissa Alves Lopes

Helen Paula Silva Da Costa

João Xavier Da Silva Neto

José Tadeu Abreu De Oliveira

Ilka Maria Vasconcelos

Laboratório de Toxinas Vegetais/DBBM/UFC

    Contato do Laboratório/Departamento:

Fone: (85)3366-9401

E-mail: daniele.sousa@ufc.br

Contato Dept. (link para outro site)

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