Nossa História
Nossa história nasce um pouco antes da publicação da Lei de Inovação Tecnológica (lei nº 10.973/04), que tornou os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) estruturas obrigatórias nas universidades. Esses núcleos são responsáveis por apoiar a execução da política de inovação da instituição, atuando na proteção de ativos intangíveis, na negociação de parcerias com empresas, na transferência de tecnologias (por meio de licenciamento e cessão) e no fomento ao empreendedorismo.
Um mês antes da publicação da referida lei, a Universidade Federal do Ceará (UFC) criou, por meio da Resolução nº 05/CONSUNI, seu Núcleo de Apoio à Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia (NAPITT), unidade administrativa vinculada, na época, à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG).
Em 2010, o NAPITT foi oficializado como o NIT da UFC, por meio da Resolução nº 09/CONSUNI.
Com o advento do Marco Legal de Ciência e Tecnologia (lei nº 13.243/2016) e de novas diretrizes na área, a UFC criou uma nova estrutura, o Comitê de Inovação Tecnológica (COMIT), órgão colegiado cuja missão era assessorar a Reitoria e a PRPPG na definição e acompanhamento da política institucional de inovação tecnológica. O COMIT foi criado pela Resolução nº 21/CONSUNI de 2016, e regulamentado por Regimento Interno.
Naquele momento, a importância do COMIT era ancorada em dois pilares:
1) A necessidade de constituir, no âmbito da UFC, um comitê de inovação tecnológica incumbido de definir a política de inovação tecnológica da instituição, formado por representantes da comunidade interna e de segmentos externos à UFC; e
2) A necessidade de constituir um órgão permanente para acompanhar as iniciativas de inovação tecnológica na UFC, compreendendo a proteção da propriedade intelectual, a transferência de tecnologia e as respectivas medidas de gestão e apoio.Desta maneira, o COMIT, usando de suas competências normativas, impulsionou a Política de Inovação da UFC (Resolução N° 38/CONSUNI, de agosto de 2017), que dispõe sobre a definição, geração e gestão de direitos relativos à propriedade intelectual e àinovação tecnológica no âmbito da UFC.
A referida normativa levou a uma reformulação do NAPITT, que passou ao status de coordenadoria da PRPPG e ganhou um novo nome: Coordenadoria de Inovação Tecnológica (CIT), legitimando o papel da Universidade em gerir a inovação tecnológica gerada sob sua guarda.
No final de 2018, com o lançamento da 1ª tecnologia licenciada pela UFC (cuja assinatura contratual só foi formalizada em 2019), o molho denominado Natchup, a CIT identificou a necessidade de se criar uma marca própria, para além da Universidade, que dialogasse ainda mais com o setor industrial e consolidasse suas competências enquanto NIT da UFC. Desta forma, foi desenvolvida e lançada a marca “UFC Inova”.
No último mês de 2018, também foi institucionalizada a criação do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Ceará (PARTEC), por intermédio da Resolução nº 66/CONSUNI.
Em 2020, com o intuito de estimular o empreendedorismo acadêmico e incentivar o empreendedorismo inovador, foi criado o Condomínio de Empreendedorismo e Inovação – CEI, um polo de convergência e interlocução entre a academia e o setor empresarial em prol do desenvolvimento da Universidade e do Estado. No mesmo ano, também foram criadas as coordenadorias de Empreendedorismo e de Inovação Institucional, vinculadas à então intitulada Pró-Reitoria de Internacionalização e Desenvolvimento Institucional (PROINTER).
Em 2024, no ano em que a UFC comemorou 70 anos de existência, grandes decisões foram tomadas de forma a incluir as temáticas inovação e empreendedorismo como pilares de uma universidade empreendedora. Esse também foi o período em que a Instituição conquistou 70 cartas patentes publicadas e mais de R$ 250 milhões em projetos PD&I.
Em paralelo a tantos avanços e conquistas, estudos internos apontaram que a UFC possuía uma estrutura descentralizada para atender às diretrizes do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Ficou evidente, nos estudos elaborados pela Instituição por meio de grupos de trabalho criados com essa finalidade, que diversas unidades administrativas geriam aspectos da inovação de forma fragmentada, resultando em dificuldades de governança. Para aprimorar a gestão, em agosto de 2024, decidiu-se incorporar a Coordenadoria de Inovação Tecnológica (CIT) à PROINTER e ajustar a nomenclatura tanto da Pró-Reitoria (que passou a se chamar Pró-Reitoria de Inovação e Relações Interinstitucionais) quanto de algumas coordenadorias internas. A mudança foi aprovada pelo Conselho Universitário na 24ª Sessão Extraordinária (30/09/2024).
Ressaltou-se a necessidade de uma gestão mais ágil e juridicamente segura, especialmente na administração do Parque Tecnológico (PARTEC/UFC) e no empreendedorismo acadêmico. Para atender às crescentes demandas da UFC, consolidando inovação e empreendedorismo junto ao Ensino-Pesquisa-Extensão, definiu-se que o modelo de Agência seria o mais adequado para a universidade.
Dando um novo passo, a UFC, em março de 2025, publicou a portaria que cria a comissão de estruturação da Agência de Inovação da UFC (UFC Inova), unidade que será dedicada a transformar o conhecimento acadêmico em soluções inovadoras para a sociedade, além de fomentar o empreendedorismo e a geração de negócios de impacto.
A oficialização da nova estrutura administrativa se dará, em breve, com a aprovação da nova Política de Inovação da UFC pelo Conselho Universitário (CONSUNI). A Agência deverá ser composta pelas seguintes unidades:
- Comitê de Inovação Tecnológica (COMIT);
- Assessoria Jurídica da PROINTER;
- Coordenadoria de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia (CPITT);
- Parque Tecnológico (PARTEC);
- Coordenadoria de Projetos e Parcerias (COPP);
- Coordenadoria de Empreendedorismo (COEMP);
- Coordenadoria de Integração e Articulação (CORI)
A criação da Agência se justifica pela necessidade de estruturar e ampliar as ações da UFC Inova. A Agência atuará de forma articulada com atores do ecossistema de inovação públicos, privados e da sociedade civil, suprindo a crescente demanda por serviços de proteção à propriedade intelectual, transferência de tecnologias, sensibilização para a cultura empreendedora, pré-incubação e incubação de startups e spin-offs e atração de centros de PD&I para a Universidade, além da estruturação de propostas para captação de recursos e articulação de acordos de cooperação.
Nesse sentido, essa decisão administrativa busca apoiar a ciência, tecnologia e inovação no Ceará, contribuindo para o desenvolvimento do estado.
CONQUISTAS E DESTAQUES
1985
- A UFC depositou, juntamente no dia 26/02, suas duas primeiras patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), uma intitulada “Processo de obtenção de pó-de-fricção a partir de líquido da casca da castanha do caju” e a outra “Processo de obtenção de resinas fenólicas líquidas a partir do líquido da casca da castanha do caju”.
1997
- As duas primeiras Empresas Juniores da UFC são registradas. A Conalimentos Jr., do curso de Engenharia de Alimento em junh
2014
- UFC ocupa a 8ª posição no Rankings de Depositantes de Patentes Domiciliados no Brasil, divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)
2016
- UFC ocupa a 4ª posição no Rankings de Depositantes de Patentes Domiciliados no Brasil, divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)
2017
- UFC ocupa a 6ª posição no Rankings de Depositantes de Patentes Domiciliados no Brasil, divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)
2018
- UFC ocupa a 10ª posição no Rankings de Depositantes de Patentes Domiciliados no Brasil, divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)
2019
- Formalizado o primeiro licenciamento de uma patente da UFC. O Natchup, produto inteiramente desenvolvido pela Universidade – à base de acerola, abóbora e beterraba, sem conservantes e rico em vitamina C – está disponível no mercado por meio da empresa de alimentos Frutã. Tem premiação internacional: o selo Innovation, concedido em 2018 no Salão Internacional da Alimentação, em Paris.
- A UFC tem a primeira patente concedida pelo INPI. Patente intitulada “Sistema para transporte de gás natural adsorvido e métodos de operação de armazenamento”, depositada em 20/08/2019.
- UFC aparece na 11ª posição no Ranking Universitário Folha (RUF) de 2019, que privilegia o número de patentes depositadas. Nesse levantamento, a UFC avançou nos itens inovação e internacionalização. Em inovação, especificamente, passou da 35ª para a 28ª posição, comparando-se as edições de 2018 e 2019 do RUF.
2020
- Criados os editais de empreendedorismo acadêmico (Empreender) e de inovação institucional (Inovan´do).
- Assinado o segundo contrato de licenciamento de uma patente da UFC, o do capacete de respiração assistida Elmo.
- UFC ocupa a 12ª posição no Rankings de Depositantes de Patentes Domiciliados no Brasil, divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)
2021
- UFC se destaca na 7ª colocação na 4ª edição do Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE) brasileiras, que englobou seis dimensões: Cultura Empreendedora, Inovação, Extensão, Internacionalização, Infraestrutura e Capital Financeiro.
2022
- A Universidade ultrapassa a marca de R$180 milhões de contratos assinados para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com instituições, majoritariamente, privadas.
2023
- A UFC passa a integrar o programa Universidades +Engajadas, iniciativa do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), que promove a troca de conhecimentos e práticas que possibilitem a cada instituição integrante vir a ser uma referência na agenda.
- Integra também o Conselho da Coalizão pelo Impacto, outra iniciativa do ICE, que conta com oito dimensões, dentre elas a de IES, da qual a UFC representa a universidade pública do Nordeste.
- Marco de 50 patentes concedidas pelo INPI é alcançado pela Universidade.
2024
- UFC ocupa a 15ª posição no Rankings de Depositantes de Patentes Domiciliados no Brasil, divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI);
- Universidade alcança a marca de 70 cartas patentes publicadas;
- Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) somam R$ 250 milhões.