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Pesquisadores desenvolvem novo tipo de cimento, mais sustentável, a partir de resíduos de siderúrgica

produção de cimento no mundo avançou muito rapidamente nas últimas décadas, transformando-se na terceira maior fonte de emissões de gás carbônico pelo ser humano. Estimativas recentes apontam que cada tonelada do material libera 0,89 tonelada de gás carbônico, o que faz com que esse segmento seja responsável por 5% a 8% das emissões de dióxido de carbono no mundo.

Novo cimento elaborado na UFC serve de base para a fabricação de peças pré-moldadas (Foto: Divulgação)

Os números colocam um enorme desafio para a indústria da construção civil, que precisa buscar novas tecnologias para produzir menos impacto ambiental do que o modelo tradicional provoca.

Nos laboratórios do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais (PPGECM) da Universidade Federal do Ceará, a pesquisadora Heloina Nogueira da Costa utilizou resíduos da siderúrgica e da termelétrica presentes no Complexo do Pecém para desenvolver um novo cimento álcali-ativado durante sua pesquisa de doutorado. Esse tipo de cimento é um ligante com propriedades semelhantes ao cimento Portland, mas cuja produção reduz significativamente a geração de gás carbônico.

O trabalho foi orientado pelos professores Ricardo Emílio Nogueira e Eduardo Cabral no PPGECM. O produto rendeu mais uma patente para a UFC, sua 44ª até o momento.

Detalhes sobre o estudo estão disponíveis em matéria publicada na Agência UFC, canal de divulgação científica da Universidade.

Fonte: Agência UFC.