Pesquisadores desenvolvem processo para produzir camarão em pó; invento resultou na 18ª carta patente obtida pela UFC
Base para o preparo de diversas iguarias, o camarão é considerado um dos itens mais saborosos e versáteis das culinárias brasileira e internacional. Buscando novas formas de disponibilizar esse apreciado crustáceo, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará desenvolveram um processo para a produção de camarão desidratado em pó.
O invento foi reconhecido em setembro pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e resultou em mais uma carta patente para a UFC ‒ a 18ª obtida pela Instituição.
Esse é o tema da reportagem da Agência UFC desta semana. O objetivo dos pesquisadores é que o camarão em pó, que é rico em proteína, seja aplicado tanto na culinária quanto na indústria alimentícia, com possibilidade de produção em larga escala, principalmente no preparo de molhos, temperos para macarrão instantâneo, patê, entre outros.
O invento é assinado pelo Prof. José Maria Correia da Costa, docente aposentado do Departamento de Engenharia de Alimentos da UFC, e pelos ex-alunos Janaína de Paula Costa e Luís Gomes de Moura Neto. O processo para obtenção do novo alimento foi o tema da dissertação de Janaína, defendida em 2015 no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFC, sob orientação do Prof. José Maria e coorientação da Profª Maria Lúcia Nunes, também da UFC.
POTENCIAL – Atualmente, quase toda a produção brasileira de camarões ocorre em estados da região Nordeste (99,6%), sendo que o Ceará é o segundo maior produtor nacional, atrás apenas do Rio Grande do Norte. Aracati, no litoral leste cearense, foi o município que mais produziu camarões no País em 2020, com 3,9 mil toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2020.
“O camarão em pó tem um potencial muito grande por ser obtido a partir de uma matéria-prima produzida em grandes quantidades no Ceará. Além disso, como o camarão é algo muito perecível, sua transformação em um produto industrializado e estável à temperatura ambiente favorece seu uso durante um período maior”, destaca o Prof. José Maria Correia da Costa.
A íntegra da reportagem está disponível no site da Agência UFC.
Fontes: Prof. José Maria Correia da Costa – e-mail: correiacostaufc@gmail.com; Janaína de Paula Costa – e-mail: eng.janaina@yahoo.com.br