O uso em larga escala de antimicrobianos de forma indiscriminada e o desenvolvimento de resistência bacteriana é um problema de saúde pública. Um dos benefícios da invenção é no desenvolvimento de uma nova molécula com ação antimicrobiana e além disso, também no desenvolvimento de uma molécula com potencial para tratamento da Doença de Chagas visto a pouca disponibilidade de medicamentos no mercado, sendo ela uma das doenças causada pelo parasita transmissor, Tripanosoma cruzi, sendo tripanossomíase encontrada principalmente na América Latina.  

A invenção se refere a produção de uma quitinase recombinante e suas isoformas caracterizadas por padrões de glicosilação diferenciados, através de tecnologia do DNA recombinante, em células de levedura (Pichia pastoris KM71H), da utilização desta proteína, bem como de suas isoformas, com função antibacteriana contra bactérias Gram-positivo e Gramnegativo, e antiparasitária contra células nas formas epimastigota e tripomastigota de Trypanosoma cruzi, parasita responsável pela doença de Chagas, podendo ser utilizada em formulações farmacêuticas como antiparasitário e antibiótico. A invenção também se refere a utilização desta proteína como molécula com função enzimática, com capacidade de degradar a molécula de peptidoglicano presente na parede celular bacteriana, diferenciando-a das quitinases clássicas que possuem somente atividade quitinolítica, podendo ser utilizada em kits para detecção experimental de atividade de lítica de peptidoglicano.